Os profissionais da Ria Formosa que hoje se uniram num protesto silencioso para reivindicarem dragagens na ria não acreditam que a obra arranque nos próximos dois anos, promessa deixada pelo presidente da Sociedade Polis Litoral Ria Formosa
Os viveiristas e mariscadores estavam à espera da cerimónia realizada ao ar livre, em silêncio, com cartazes onde se liam frases como "Ria Formosa, valorizam por fora, deixam morrer por dentro ou Polis- Muitos estudos pouca obra".
Ao protesto juntou-se Vitor Lourenço, presidente da Junta de freguesia de S. Pedro, eleito pelo PSD, antigo dirigente da VIVMAR, a Associação de Viveiristas e Mariscadores.
Américo Custódio, atual presidente da VIVMAR, diz que por falta de dragagens na Ria Formosa os viveiros de ameijoas estão a morrer.
Por não acreditarem em mais promessas, os mariscadores não quiseram reunir com a câmara Municipal e a Sociedade Polis que agendou um encontro para o final da cerimónia.
Manuel Lacerda, o presidente da Sociedade Polis, garantiu aos jornalistas que já há dinheiro para as dragagens e que elas devem estar prontas dentro de dois anos.
Hoje foi lançada a outra obra, a do Parque Ribeirinho, que prevê a construção de espaços verdes e de lazer. Segundo a câmara de Faro, estará pronta dentro de um ano e envolve um investimento de 3 milhões e meio de euros.