O PS, que terminou hoje a ronda de reuniões com os parceiros sociais, entende que tanto sindicatos como associações patronais concordam que é preciso parar a austeridade para crescer e criar emprego.
Depois das reuniões do secretário-geral do PS, António José Seguro, com os parceiros sociais, Eurico Brilhante Dias, secretário nacional do partido, disse aos jornalistas que há «uma clara lucidez e uma clara perceção da situação do país» por parte dos parceiros sociais.
«Esta lucidez chegou a ponto de percebermos que, quer entre sindicatos, quer entre associações patronais há uma convergência clara dos dois lados de que ou paramos a austeridade e nos focamos no crescimento e no emprego ou o país terá muitas dificuldades em sair da circunstância em que está», reiterou.
Brilhante Dias lamentou ainda que o primeiro-ministro não tenha mostrado «de maneira nenhuma» vontade para alterar a política seguida até agora, apesar de «ter dito que queria mais um ano para consolidar as contas públicas».
Para o PS, «é preciso mais tempo (...) e maturidades mais longas» para pagar os compromissos assumidos.
António José Seguro iniciou na segunda-feira uma ronda de reuniões com os parceiros sociais, no dia em que chegou a Portugal uma missão da 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) para discutir com o Governo a sétima revisão do programa de assistência financeira.
O secretário-geral do PS recebeu hoje a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), a União Geral de Trabalhadores (UGT) e Confederação Empresarial de Portugal (CIP). Na segunda-feira, Seguro reuniu-se com a Confederação do Turismo Português (CTP), com a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) e com a Confederação de Agricultores Portugueses (CAP).