Desporto

Braga está na final da Taça da Liga (vídeo)

Quim GI

O Sporting de Braga apurou-se hoje para a final da sexta edição da Taça da Liga, ao derrotar o Benfica no desempate por pontapés da marca da grande penalidade por 3-2.

O veterano guarda-redes, que também alinhou no Benfica, onde até foi campeão, não vacilou no momento decisivo de um jogo globalmente fraco e parou os remates de Luisão e Gaitán.

O Braga vai disputar assim a primeira final de uma competição interna no mandato de António Salvador, enquanto o Benfica, vencedor em título, despede-se da competição com a "cabeça" nas outras três que tem em mente: campeonato, Taça de Portugal e Liga Europa.

A partida foi equilibrada e podia ter caído para qualquer dos lados na "lotaria" dos penáltis, mas terá premiado a equipa que mostrou mais querer e vontade de chegar à final.

Na equipa da casa, Sasso e Rúben Amorim regressaram à titularidade e Baiano ocupou a vaga deixada por Elderson (castigado) no lado esquerdo da defesa.

No Benfica foram oito as alterações, tendo sobrado do último jogo (Paços de Ferreira) apenas Artur Moraes, Luisão e Cardozo. Já se sabia que Jorge Jesus ia fazer várias alterações, até pela lista de convocados, sendo a grande novidade a aposta no central Roderick a meio-campo.

A primeira grande oportunidade do jogo pertenceu ao Benfica, logo aos cinco minutos, com Rodrigo a rematar à barra após um rapidíssimo contra-ataque conduzido por Gaitan.

Baiano respondeu pouco depois com um remate de muito longe - Artur Moraes foi cauteloso e defendeu para canto.

Aos 23 minutos, novamente o guarda-redes benfiquista em destaque parando primeiro um remate forte de Custódio, na conversão de um livre indireto, e depois a recarga, fraca, de Mossoró.

O jogo decorria aos repelões, parecendo os jogadores de ambas as equipas pouco interessadas no resultado final. Exemplo disso foi a sucessão de maus passes (primeiro de Melgarejo para Jardel, depois deste para Artur) que quase permitiram a Mossoró marcar (27).

O Benfica não conseguia ter bola, muito pela inação de Roderick, um autêntico corpo estranho na equipa, sem saber como e quando construir e posicionando-se muitas vezes mal a destruir.

O Braga insistia quase sempre pela direita, aproveitando também os muitos espaços concedidos por Melgarejo, mas quase nunca conseguiu criar reais situações de golo, podendo excetuar-se um cabeceamento de Custódio no último lance da primeira parte, após livre de Hugo Viana.

Ao intervalo, Jesus tirou Cardozo e colocou Aimar e o experiente médio argentino trouxe quase de imediato outro "perfume" futebolístico aos "encarnados".

A turma da Luz voltou a entrar melhor e a desperdiçar uma boa ocasião para se adiantar no marcador: centro de Urreta e Rodrigo, de cabeça, atirou contra Quim (49).

No minuto seguinte, o Braga também podia ter marcado após um bom trabalho de Mossoró pela esquerda, Artur defendeu para a frente, para os pés de Éder, e a bola saiu muito perto do poste direito.

Aos 57 minutos, parece ter ficado por marcar uma grande penalidade contra o Braga, por falta de Paulo Vinícius sobre Rodrigo.

A qualidade do jogo subiu na segunda parte, muito por "culpa" de Aimar. O Braga tentava chegar à baliza de Artur, mas no estilo "pastelão" dos últimos jogos, muito previsível e com pouca velocidade.

Nas grandes penalidades, Quim "desforrou-se" da saída pela porta pequena do Estádio da Luz indicada precisamente por Jorge Jesus.

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Redação