A Conforlimpa requereu hoje a insolvência, com pedido de recuperação do grupo, para travar o «iminente despedimento» de 7230 trabalhadores, que não receberam o ordenado de fevereiro.
Numa nota enviada à agência Lusa, a empresa explica que a ação, entregue no Tribunal do Comércio de Lisboa, é o «único meio» para suspender a execução do arresto da faturação «presente e futura» da Conforlimpa (Tejo), decretada pelo juiz, no processo em que o presidente do grupo, Armando Cardoso, está acusado de fraude fiscal superior a 42 milhões de euros.
A Conforlimpa (Tejo) acrescenta que «ainda não foi notificada dos fundamentos nem da extensão do arresto», mas que o mesmo já está a «ser executado» através da «cessação imediata da faturação».
Segundo a empresa, trata-se de uma medida «incompreensível» com «consequências catastróficas», como o risco iminente de despedimento de 8045 funcionários.
«A impossibilidade de a Conforlimpa (Tejo) pagar os salários aos 7230 trabalhadores, o risco iminente do seu despedimento e, por arrastamento, dos 815 trabalhadores das restantes empresas do Grupo Conforlima, [cujos salários foram pagos na semana passada] », são duas das consequências da aplicação do arresto.