Após 14 dias sem abastecimento por mar, Hélio Soares diz que o problema poderá ser maior para os que residem temporariamente na ilha, já que muitos produtos esgotam depressa no Corvo.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia do Corvo considera que ainda não há motivos para alarme nesta ilha açoriana, apesar de já faltarem alguns bens de primeira necessidade na sequência de 14 dias sem abastecimento por mar.
Em declarações à TSF, Hélio Soares explicou que a situação mais complicada é para os que vivem nesta ilha de forma temporária, uma vez que os corvinos já estão habituados a este tipo de situações.
«Se houver um contacto de abastecimento durante a próxima semana ou através dos aviões da SATA ou da Força Aérea como já aconteceu no passado esta situação ficará resolvida», acrescentou.
Hélio Soares entende que a situação ainda não é alarmante, uma vez que «ainda há comerciantes que têm leite em stock para venda» e porque os corvinos armazenam das mais variadas formas, incluindo congelamento, legumes e carne».
Para funcionários públicos ou trabalhadores da construção civil que vivem temporariamente no Corvo, o problema poderá ser maior, uma vez que a fruta e os legumes que chegam à ilha esgotam-se muitas vezes nas lojas em dois dias.
Este provedor aproveitou ainda para assinalar a «falta de coordenação e boa vontade em diferentes entidades», uma vez que se existisse um verdadeiro diálogo e preocupação entre a SATA e a Força Aérea este problema já poderia ter sido resolvido ou pelo menos minimizado já na semana passada.