A atividade económica na zona euro voltou a desacelerar em fevereiro apesar da resistência da Alemanha, confirmam índices da empresa de serviços de informação financeira Markit hoje divulgados.
O indicador PMI (Purchasing Managers Index) da atividade total da zona euro situou-se em fevereiro em 47,9 pontos, acima da estimativa rápida de 47,3, mas abaixo do valor registado em janeiro, que se tinha fixado em 48,6 pontos, refere a Markit, explicando que a descida se deveu a «uma crescente desaceleração económica».
Um índice inferior a 50 pontos significa contração, enquanto se for superior, indica aceleração da atividade.
A Markit explica ainda que a queda do PMI na zona euro foi impulsionada pela queda da atividade comercial do setor dos serviços.
No entanto, no comentário aos índices, o economista principal da Markit, Chris Williamson, refere que o valor do indicador PMI referente a fevereiro continua a ser consistente com uma estimativa de diminuição de apenas 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano.
«A contração do índice PMI da zona euro comparada com a verificada em janeiro é dececionante, mas parece apesar de tudo que a região vai a caminho de registar uma queda muito menor do PIB no primeiro trimestre comparado com a diminuição de 0,6% registado no último trimestre do ano passado», refere o economista.
Williamson afirma ainda que os dados revelam uma crescente divergência na zona euro.
«Inquietantemente, a divergência entre a Alemanha e a França é até agora a maior desde que o PMI é calculado, há 15 anos», refere.
A «Alemanha prepara-se para registar o maior crescimento trimestral desde a primavera de 2011, mas a França está a contrair-se ao ritmo mais forte dos últimos quatro anos», adianta Williamson.
O economista refere ainda que «o panorama de deterioração na periferia é também preocupante» e que «a esperança de a zona euro retome o crescimento em meados de 2013 parece agora ser demasiado otimista».