O presidente da Comissão Europeia indicou hoje, numa carta enviada aos líderes europeus em vésperas de mais um Conselho Europeu, que o seu executivo está particularmente preocupado com os custos sociais da crise, que importa agora combater.
À espera que os líderes europeus apresentem ideias para combater a crise e o desemprego e melhorar a competitividade, Durão Barroso cita os países sob programa, como é o caso de Portugal, como exemplos dos bons resultados que o ajustamento e as reformas podem trazer à correcção de desequilíbrios.
Nesta carta enviada aos 27 líderes da união europeia, o presidente da comissão diz-se «dolosamente consciente, que a evolução da economia ao longo do ano passado foi decepcionante e reconhece que as perpectivas para este ano continuam difíceis».
Barroso insiste que a crise ainda não terminou e que a melhoria das condições de financiamento junto dos mercados, no segundo semestre do ano passado, ainda não se reflectem na economia.
O presidente da Comissão Europeia diz-se ainda preocupado com as consequências sociais que resultam da crise. Especialmente com o desemprego juvenil. Neste aspecto, o presidente da comissão apela à apresentação de medidas e promete demonstrar na cimeira de líderes europeus, que o pacote para o emprego, aplicado em 8 estados, entre os quais Portugal tem produzido bons resultados.
Durão Barroso acredita que a iniciativa para o emprego juvenil, assente na formação profissional, na promoção de estágios e apoios às pequenas e medias empresas para facilitar a empregabilidade dos mais novos, pode fazer a diferença e promete novas propostas legislativas em matéria de emprego, ainda esta semana.