Mais de meia centena de pessoas morreu e 378 ficaram intoxicadas desde sábado passado devido à ingestão de álcool adulterado, anunciou hoje o Ministério da Saúde da Líbia.
Entre as 38 pessoas que morreram nos hospitais da capital líbia, Tripoli, e as que foram levadas pelas famílias para a Tunísia, o álcool com grande concentração de metanol fez 51 mortos.
Um porta-voz do ministério do Interior líbio, Houssine Al-Ameri, disse à agência France Presse que foi aberto um inquérito para determinar responsabilidades pelo sucedido.
Fonte dos serviços de segurança que falou sob anonimato indicou que o ministério se prepara para agir contra os traficantes e vendedores clandestinos de álcool.
O diretor dos serviços de saúde do centro médico de Tripoli, Yussef al-Wafi, afirmou que «os exames preliminares revelam sintomas de intoxicação devido ao consumo de álcool adulterado com metanol, que pode provocar insuficiência renal, cegueira, convulsões e a morte».
A idade das vítimas varia entre os 19 e os 50 anos, acrescentou.
O consumo e venda de álcool são proibidos na Líbia, embora esteja disponível no mercado negro. O fim do regime de Muammar Kadhafi, em 2011, e a instabilidade nas fronteiras provocou o aumento do tráfico de álcool e drogas.