Na Comissão de Ética, o presidente da RTP assegurou que «só em último recurso recorreremos ao despedimento coletivo, que neste momento nem sequer se equaciona».
O presidente da RTP não avançou qualquer número relativo aos despedimentos na empresa e justificou, perante o deputados na Comissão de Ética, esta posição dado que a RTP vai iniciar uma «política de rescisões amigáveis».
Perante a insistência do socialista João Portugal para que Alberto da Ponte avançasse um número e após a comunista Carla Cruz ter dito que a reestruturação na empresa acabará na «festa do despedimento», o presidente da RTP disse que não seria bem assim.
«Só em último recurso recorreremos ao despedimento coletivo, que neste momento nem sequer se equaciona», acrescentou Alberto da Ponte, que esclareceu que vai cortar com 28 por cento das despesas e não com 28 por cento dos trabalhadores.
Alberto da Ponte indicou ainda que «cada trabalhador custa em média à RTP 45 mil euros/ano» e que «para além disto há «ajudas de custo na ordem dos 800 mil euros, subsídios de deslocação na ordem dos 470 mil euros e subsídios de condução na ordem dos 450 mil euros».
«Num país que tem 18,2 por cento de desemprego estes rendimentos não podem continuar. Acho que um gasto de 45 mil euros por trabalhador nos tempos que correm é francamente elevado», acrescentou o gestor, que lembrou que leva para casa 4300 euros por mês.