A FESAP e o STE garantem desconhecer qualquer plano de rescisões amigáveis na Função Pública, mas encaram com pessimismo esta ideia do Governo.
Os sindicatos da administração pública garantem que não receberam até agora qualquer documento do Governo sobre rescisões amigáveis na Função Pública.
Depois do primeiro-ministro ter anunciado um plano de rescisões para a Função Pública, Nobre dos Santos, o dirigente da FESAP, garantiu desconhecer qualquer proposta do Governo, mas considera que o Executivo se prepara para criar mais desemprego.
Nobre dos Santos afirmou também nestas declarações à TSF que os sindicatos estão convocados para uma reunião, na quarta-feira, com o secretário de Estado da Administração Pública para discutir grelhas salariais.
Ouvido também pela TSF, Bettencourt Picanço, do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, comenta com ironia as palavras de Passos Coelho que fala neste plano de rescisões amigáveis como uma oportunidade e não uma ameaça.
«Como é óbvio isto não é nenhum futuro que se está a construir nem é qualquer oportunidade que se está a atribuir, trabalhadores que se esperava que o Governo fosse capaz de motivar e requalificar tendo em vista o futuro. Quando o Governo se demite de tudo isto, está na prática a demitir-se de governar», adianta.