A informação foi confirmada à TSF pelo próprio. A administração da RTP alega justa causa para dispensar o antigo diretor de informação do canal público.
Nuno Santos promete agora recorrer aos tribunais para contestar aquilo que classifica como um saneamento por delito de opinião.
«Travarei a partir de hoje uma luta sem quartel, nos tribunais e em outros foruns, contra este saneamento anunciado e agora oficializado. A honra dos homens não se atira impunemente aos cães», diz Nuno Santos no comunicado enviado à TSF.
O resultado do processo disciplinar, instaurado a 7 de dezembro, após o polémico caso de visionamento de imagens da RTP da manifestação em frente ao Parlamento que foram visionadas pela PSP, foi conhecido ontem à noite.
Na carta que recebeu, o antigo responsável da informação da RTP ficou a saber que não terá direito a qualquer indemnização ou compensação e que a decisão de despedimento tem aplicação imediata.
A administração da RTP reitera que Nuno Santos praticou diversas infrações que violam de forma grave e deliberada o dever de obediência.
No relatório final do processo disciplinar lê-se, ainda, que agiu culposamente e de forma censurável daí que seja impossível a manutenção da relação de trabalho.
No comunicado a que a TSF teve acesso, Nuno Santos sublinha que o seu despedimento contraria pareceres do conselho de redação da RTP e da Entidade Reguladora da Comunicação Social.
Uma fonte do conselho de redação da RTP, ouvida esta manhã pela TSF, disse que esta decisão ainda não foi analisada mas lembra a posição já assumida no passado, ou seja, contrária ao despedimento.
A comissão de trabalhadores da RTP, também contactada pela TSF, diz que ainda não foi notificada da decisão da empresa e não quer pronunciar-se para já.