O ministro da Educação acrescentou que está a estudar possibilidades de, na prática, os docentes não serem atingidos por este regime.
O ministro garantiu ainda que o horário dos professores vai manter-se nas 35 horas semanais, afastando assim a hipótese do aumento para 40 horas.
De igual forma, vão manter-se as reduções horárias por antiguidade, assegurou.
Já sobre os Quadros de Zona Pedagógica (QZP), que enquadram a distribuição geográfica dos docentes, o ministro assumiu que terá de ser feita uma alteração, por forma a alargar o âmbito das colocações.
A proposta apresentada aos sindicatos foi para 10 QZP, em vez dos atuais 23. Na primeira reunião foram sugeridos sete.
O ministro admitiu que pode haver ainda alterações no que diz respeito às matérias em negociação com os sindicatos sobre o concurso.
Sobre a inclusão dos professores no regime de mobilidade especial aplicado à Função Pública, o ministro indicou que o seu gabinete está a trabalhar no sentido de «oferecer alternativas», ou seja, «para que todos os professores tenham uma situação mais estável, para que todos tenham emprego».
Entre as ofertas que citou, o ministro enumerou as do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e as direcionadas a técnicos superiores de Função Pública.
O ministro pretende que os professores sejam «os primeiros» a ocupar essas ofertas, tanto para o ensino como para outros ministérios onde existam vagas para técnicos superiores.
Não foram avançados números de professores que poderão ver o emprego em causa, através da colocação na mobilidade especial.
A Federação Nacional de Professores (FENPROF) afirmou que só o Ministério da Educação pode ter esse levantamento, mas admitiu que podem ser mais de 2.000 docentes.