Marcelo Rebelo de Sousa considerou que o Tribunal Constitucional não levou em conta, como deveria, as circunstancias difíceis em que o país se encontra.
Para o antigo presidente do PSD, no comentário habitual na TVI, o Tribunal Constitucional errou na avaliação do corte do subsídio de férias para funcionários públicos e pensionistas.
Marcelo entende que os juízes do TC fizeram uma análise «muito curtinha», em «cinco páginas e cinco parágrafos», acrescentando: «Ao argumentar que as medidas rejeitadas foram tomadas no ano anterior e não estavam a dar resultado, deviam ter feito uma análise económica e financeira maior».
Agora, tendo em vista a reunião da próxima quinta-feira com o Eurogrupo, em que Portugal e a Irlanda vão pedir um alargamento dos prazos para pagar os empréstimos, o jurista perspetiva: «Se correr bem, o que é o mais provável, não há aumento de impostos e vai haver redução de despesa». Mas se acontecer o cenário oposto, Portugal «vai ter sarilhos», considerando que o segundo resgate será «inevitável».