O Governo português quer desenvolver a «magnífica relação» com Caracas e fomentar o comércio existente entre ambos os países, nomeadamente o intercâmbio petrolífero, ao abrigo do acordo de cooperação bilateral.
«Portugal está muito empenhado nesta relação. Estamos muito empenhados em continuar a desenvolver esta magnífica relação que temos tido nos últimos anos, em ver crescer os nossos números, mas não é só no sentido das exportações, é também na perspetiva da importação de crude e de produtos petrolíferos», disse em Caracas Almeida Henriques, secretário de Estado da Economia.
O secretário de Estado demissionário falava para quase uma centena de representantes de empresas portuguesas, luso-venezuelanas e venezuelanas, que hoje participaram no evento "Portugal - Venezuela: Parcerias para o Futuro", em Caracas.
«Temos aqui um longo caminho para percorrer e uma forte determinação da nossa empresa principal, da Galp, para incrementar esta relação. O presidente da Galp virá à Venezuela para poder desenvolver aqui alguns canais de trabalho com as autoridades», frisou.
Segundo o governante, «há que potenciar esta ligação por um lado entre as empresas novas que estão a chegar, que têm vindo a chegar e a prestar serviços, e também aquelas que cá estão, e por outro lado fazendo também o entrosamento com empresários locais e em sintonia com o Estado venezuelano».
«A verdade é que hoje temos aqui um bom cimento que significa o convénio existente entre Portugal e a Venezuela. Depois temos um segundo patamar, que é fundamental, da nossa comunidade, do bom entrosamento comercial que hoje têm os diferentes setores», disse.
Segundo Almeida Henriques, há «um conjunto de ferramentas que poderão permitir ambicionar ir mais longe no bom caminho» que já se fez.
«Portugal fez um percurso notável no ponto de vista da relação com a Venezuela», disse o secretário de Estado, que resultou de «um ponto de partida que já era bastante bom», e conseguiu, no ano anterior, «ultrapassar todas as expetativas, ultrapassar os 500 milhões de euros de exportações de bens e serviços e tornar a Venezuela» no parceiro português na América Latina.
«Durante muitos anos as nossas empresas olharam para o mercado interno», frisou. «Hoje só temos uma forma de fazer crescer o nosso país, chama-se olhar para os mercados, aquilo que eu tenho apelidado como redescobrir a rota dos descobrimentos, isto é, ir por esses caminhos por onde descobrimos novos mundo e procurar exportar os nossos produtos».