Portugal foi o país da Europa onde mais aumentou o número de pessoas inativas. Na grande maioria dos casos, desistiram de procurar trabalho ou já não fazem nada para o encontrar.
No final de 2012, eram 261 mil os portugueses que, como o Eurostat, não trabalhavam nem estavam desempregados.
Destes, quase todos, 231 mil, estão disponíveis para o mercado, mas pura e simplesmente já não fazem nada há semanas para procurar emprego. Mais 35 por cento em apenas um ano.
Os números de Bruxelas revelam ainda uma outra realidade que também escapa às taxas oficiais de desemprego: o subemprego daqueles que trabalham em 'part-time' mas queriam trabalhar mais horas.
Quarenta e três por cento dos portugueses com emprego a tempo parcial, em 2012, desejavam mais tempo no local de trabalho.O quinto número mais alto da Europa e o dobro da média comunitária.
Este subemprego de quem trabalha a 'part-time' e quer trabalhar mais horas cresceu 16 por cento em Portugal no último ano, numa subida mais comum nos países da Europa do Sul, Espanha, Grécia, Itália e Chipre.