No Congresso da UGT, Carlos Silva falou no medo e nas pressões existentes nos locais de trabalho, mas garantiu que as pessoas não podem ter medo de se sindicalizar.
O novo secretário-geral da UGT prometeu lutar para chamar mais pessoas para o sindicalismo, apesar do medo face à precariedade por parte de muitos trabalhadores.
Na reta final do primeiro dia do Congresso da UGT, Carlos Silva disse ainda estar ciente dos «medos incutidos nas pessoas e das pressões enormes» e dos muitos que «não querem ouvir falar de sindicatos» por causa destas situações.
«As pessoas não podem ter medo. A UGT, com o apoio dos sindicatos, tem de encontrar possibilidade de comprar uma ou duas carrinhas de caixa aberta ou fechada para se pôr à porta das empresas com carros de som para fazer barulho a dar a sua mensagem e a sindicalizar os que têm medo», explicou.
Carlos Silva aproveitou ainda para valorizar a concertação social mas não a qualquer preço, uma vez que à frente da troika e o programa de ajustamento estão os «interesses dos trabalhadores portugueses».
«É esse o objetivo da UGT e é por isso que nos vamos bater nos próximos quatro anos», garantiu Carlos Silva, a poucas horas de assumir a liderança desta central sindical.