Política

Seguro vai pedir maioria absoluta nas próximas eleições

António José Seguro Global Imagens

O secretário-geral do PS afirmou hoje que vai pedir uma maioria absoluta nas próximas legislativas, mas sublinhou que está aberto a coligações governamentais e acordos de incidência parlamentar.

António José Seguro assumiu esta posição na parte final do seu discurso de encerramento do XIX Congresso Nacional do PS, em Santa Maria da Feira, que durou cerca de 50 minutos.

«Vamos pedir com clareza aos portugueses uma maioria absoluta para governar, uma maioria absoluta não para nós mas para Portugal», disse, defendendo que o país precisa de ter condições de estabilidade política.

«Sabemos que na situação em que estamos não pode haver atrasos, tem de haver condições de estabilidade política legitimadas pelo povo português para cumprir o novo rumo que propomos para Portugal», afirmou.

No entanto, logo a seguir, Seguro frisou que, mesmo que obtenha maioria absoluta, tentará formar coligações ao nível do Governo, acordos de incidência parlamentar e com os parceiros sociais.

«Quero dizer com total clareza ao país que, mesmo com uma maioria absoluta, não descartarei coligações governamentais e não desistirei de acordos de incidência parlamentar e que tudo farei para procurar o contributo das organizações mais representativas em Portugal, dos novos movimentos sociais e dos parceiros sociais», declarou.

Para António José Seguro, o «estado de emergência» em que o país se encontra «não dispensa ninguém».

O secretário-geral do PS advertiu também que, se os socialistas chegarem ao Governo, o caminho não será fácil e manterão a disciplina orçamental, dizendo que se engana quem espera um PS «radical» e «facilitista».

«Quem esperava que deste congresso saísse um PS radical, enganou-se; quem aguardava que deste congresso do PS saísse um PS facilitista, enganou-se; quem vaticinava que daqui saísse um PS irresponsável, que promete tudo a toda gente, enganou-se, porque deste congresso sai um PS responsável, reformista, com propostas, unido e mobilizado», declarou António José Seguro.

«Quero dizer-vos com muita clareza: Rigor orçamental sacrifícios, contenção orçamental [são palavras que] não desaparecerão do vocabulário do PS. Esta é uma condição essencial para merecermos a confiança dos portugueses. Podemos perder votos mas não vendemos ilusões», prometeu.

Neste discurso, o secretário-geral do PS afirmou ainda que o congresso de Santa Maria da Feira será recordado no futuro como o «congresso da unidade» e da afirmação do seu partido como alternativa política.

«Este congresso será também recordado como um congresso virado para o futuro. A mensagem que sai daqui é que o PS é a alternativa, a mudança e a esperança», acrescentou.