O chefe do Governo diz que tem de existir «consenso para a ação que deve sustentar a constância e a persistência na execução de políticas públicas concretas».
O primeiro-ministro voltou a falar da necessidade de consensos, tendo considerado que as finanças públicas devem ser alvo de consensos entre Esquerda e Direita.
Na abertura das Conferências do Estoril, Pedro Passos Coelho explicou que este «consenso não é vazio», mas tem de ser um «consenso para a ação que deve sustentar a constância e a persistência na execução de políticas públicas concretas».
«O consenso político de que necessitamos para responder aos desafios do futuro tem de ser expresso por políticas concretas, credíveis e mensuráveis para não se converter na designação vazia de um conjunto de intenções vagas e frequentemente contraditórias», acrescentou.
Para Passos Coelho, «quando as finanças públicas deixam de ser sustentáveis, é precisamente esse espaço de pluralidade e de debate entre alternativas razoáveis que se vê oprimido pela força da necessidade».
«A regra de ouro do equilíbrio orçamental estrutural não é uma regra de Esquerda nem de Direita. É uma regra básica que garante as condições para que a Esquerda, a Direita e o Centro possam ter projetos políticos diferentes», frisou.
Retomando as ideias de Cavaco Silva no 25 de Abril, o chefe do Governo explicou que «todos os projetos políticos sejam de Esquerda ou Direita precisam que as contas públicas batam certo no médio prazo».