Portugal

Belém: CGTP marca concentração para 25 de maio

Arménio carlos TSF/José Milheiro

O secretário-geral da CGTP anunciou um dia de protesto nacional a 30 de maio, o feriado suspenso pelo Executivo. Para o dia 25 de maio, está marcada uma concentração em Belém.

Frente a milhares de manifestantes na alameda, depois da marcha do 1.º de Maio, Arménio Carlos garantiu que a «luta continua e que terá no dia 30 de maio, um dia de protesto em todo o país, nos locais de trabalho dos setores privado e público, contra o roubo dos feriados e o trabalho gratuito».

Este dia do trabalhador foi caracterizado por Arménio Carlos como um dos «maiores de sempre».

Segundo as informações recebidas «de 50 localidades em todo o continente e ilhas», o dirigente considerou ser um «enorme primeiro de maio». «Um dos maiores de sempre de todos os anos», considerou.

No seu discurso, frente à fonte luminosa da alameda, Arménio Carlos garantiu estar «na hora deste Governo ir embora».

«Este é um 1.º de Maio que se realiza num crescendo de lutas nas empresas e nas ruas», disse, frente a milhares de manifestantes.

O dirigente da CGTP afirmou ser necessário recuar a tempos que se julgavam em «definitivo ultrapassados» para se encontrar «níveis de pobreza e de miséria, de desemprego e baixos salários, de roubo do presente e negação do futuro» como os atuais.

A CGTP pediu «pudor» e criticou a afirmação de que «esta política é o resultado de termos vivido todos acima das nossas possibilidades».

«Eles são os Belmiros, os Amorins, os Soares dos Santos e tantos outros, que auferem num ano, aquilo que a esmagadora maioria da população nunca receberá numa vida de trabalho», disse.

Arménio Carlos questionou os anúncios do Governo sobre crescimento e garantiu que «por mais que o queiram negar esconder, Portugal aproxima se vertiginosamente da realidade grega».

Outro dos apelos deixado neste 1.º de maio foi «haja vergonha» e «faça-se justiça».

Neste discurso na alameda, foi ainda recusado por Arménio Carlos que haja trabalhadores a mais na Administração Pública" e garantiu que vão existir «novos cortes» no Serviço Nacional de Saúde.

As questões da Segurança Social e da Educação também foram abordadas para o dirigente concluir que o «nível da degradação a que esta política conduz» os portugueses é «gigantesco».

«Exigimos a mudança de política e de Governo», pediu, referindo ser possível reduzir na «despesa parasitária nos juros da dívida» e «renegociar a dívida pública», bem como «alargar os prazos para a redução do défice».

Para o dia 25 de maio está marcada uma concentração em Belém, Lisboa, contra a «exploração e o empobrecimento, pela demissão do Governo e a realização de eleições».

Depois do discurso foi aprovada uma resolução sob o tema «contra o empobrecimento, uma vida melhor, mudar de política e de Governo».