Economia

Economistas elogiam trabalho de Jean-Claude Juncker

Manuela Ferreira Leite lembra que Juncker, que vai receber o seu doutoramento honoris causa pela Universidade do Porto, é um amigo de Portugal. Silva Peneda entende que o PM luxemburguês continuará a ser um farol numa Europa desigual.

Manuela Ferreira Leite disse não ter hesitado perante o convite para participar na cerimónia do doutoramento honoris causa de Jean-Claude Juncker pela Universidade do Porto, que se realiza esta sexta-feira às 18:00.

Em declarações à TSF, a antiga ministra das Finanças considerou Juncker como amigo de Portugal e disse que ficou honrada com este convite para ser madrinha de Juncker nesta cerimónia.

«Conheço-o bem porque convivi com ele na altura em que participava nas reuniões do Ecofin. Sempre foi uma pessoa amiga de Portugal e sempre teve uma enorme preocupação por uma Europa mais social», acrescentou.

Ferreira Leite assinalou ainda que é impossível esquecer a contribuição que o ainda primeiro-ministro luxemburguês deu para o «desenvolvimento da construção europeia».

Por seu lado, Silva Peneda, que vai fazer o discurso de elogio a Juncker, disse que este ex-presidente do Eurogrupo continuará a ser um farol numa Europa desigual com desequilíbrios entre fracos e fortes.

O atual presidente do Conselho Económico e Social não teve dúvidas em considerar Juncker como uma «referência» por ser chefe do governo do Luxemburgo há 18 anos e por ter «manifestado um conjunto de opiniões que vão contra aquilo que tem sido a tendência dos últimos anos na Europa».

«A Europa tem baseado as suas decisões muito mais nos interesses dos mais poderosos e Jean-Claude Juncker no sentido de denunciar este tipo de situações», sublinhou.

Silva Peneda recordou também que Juncker «dá esperança a muitos milhões de europeus, especialmente para o povo português que está em grande sofrimento» e que este luxemburguês tem colocado as «questões relacionadas com a equidade social como muito determinantes».