O Millennium BCP registou um prejuízo de 151,9 milhões de euros entre janeiro e março deste ano, valor que compara com o lucro de 40,8 milhões apurado em igual período do ano passado.
«Este trimestre foi melhor do que o anterior, em linha com o plano e com a evolução do cenário macroeconómico», destacou Nuno Amado, presidente do BCP, na conferência de imprensa de divulgação dos resultados, em Lisboa.
No último trimestre de 2012, o BCP registou um prejuízo de 261 milhões de euros e no primeiro trimestre deste ano, excluindo o 'efeito' Grécia, o prejuízo do BCP entre janeiro e março de 2013 seria de 110 milhões de euros.
A recente assinatura do acordo definitivo de venda do Millennium Bank (Grécia) ao Piraeus Bank foi destacada por Nuno Amado, tal como o reforço da liquidez, os rácios de capital e a redução dos custos operacionais do banco em Portugal.
Ao nível da liquidez do BCP, houve uma melhoria do 'gap' comercial, com a redução de 8,5 mil milhões de euros deste indicador a permitir um rácio de crédito sobre depósitos de 121%.
«Houve um aumento de 4,9% dos recursos de clientes face à mesma data do ano anterior, com crescimento de 4,5% dos depósitos em Portugal», realçou Nuno Amado, que apontou ainda para o recuo homólogo de 6,6% em termos de crédito concedido.
O rácio 'core tier 1' fixou-se nos 12,1% (de acordo com o critério do Banco de Portugal), bastante acima dos 9,2% registados em março de 2012. Já de acordo com os critérios da Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês), o rácio 'core tier 1' é de 9,6%.
Os custos operacionais em Portugal baixaram 17,3% face ao trimestre homólogo, devido à implementação do programa de reestruturação do banco que permitirá uma poupança anual, em 2013, superior a 70 milhões de euros face a 2012, conforme revelou o banco.
Já o contributo das operações internacionais, excluindo a Grécia, para o resultado líquido consolidado foi de 38 milhões de euros, mais 12% do que no primeiro trimestre de 2012.