Mundo

Síria: EUA e Rússia querem rebeldes e regime na mesa de negociações

John Kerry (E) e Sergei Lavrov (D) REUTERS/Sergei Karpukhin

As duas potências fizeram saber que pretendem ver retomada uma estratégia para a solução do conflito e apontam o caminho da mesa das negociações ao regime de Bashar al Assad e aos rebeldes.

O arrastar do conflito, a emergência humanitária e o risco para a região contribuem para a aproximação entre Washington e Moscovo na busca de uma solução política para o problema sírio.

Numa conferência de imprensa conjunta com o chefe da diplomacia russa, o secretário de Estado norte-americano defendeu uma solução política para o conflito e anunciou a intenção de organizar, se possível ainda no mês de maio, uma conferência internacional sobre a Síria.

O plano é avançar para as negociações com as duas partes do conflito sentadas à mesa.

Os Estados Unidos e a Rússia querem convencer o regime de Damasco e também os rebeldes a aceitarem uma solução baseada no encontro de Genebra, quando era ainda Koffi Annan o enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria.

O acordo de Genebra resultou num comunicado a defender um governo de transição para o país e a apelar ao cessar-fogo imediato.

O encontro foi no verão de 2012 mas nada aconteceu desde então e o passar do tempo apenas fez aumentar os números da violência para mais de 70 mil mortos, segundo o Observatório sírio dos Direitos Humanos.

Pelos Estados Unidos, John Kerry argumentou que, sem uma solução política, a crise humanitária vai continuar a crescer e a Síria vai cair no abismo e no caos.

O emissário das Nações Unidas e da Liga Árabe para a Síiria já disse que a proposta de Washington e Moscovo é um passo importante para uma solução do conflito.