O cidadão português que, terça-feira, afirmou ter uma bomba na sua bagagem de mão num voo de São Tomé para Lisboa vai ser julgado quinta-feira em processo sumário.
Constituído arguido pelo Ministério Público e colocado sob termo de identidade e residência, Manuel Ferreira, de 79 anos, garante, no entanto, que tudo não passou de brincadeira sua.
«Foi uma conversa sem pensar, eu não tenho nada contra o vosso país», disse aos jornalistas sobre o sucedido no voo da STP Airways que liga São Tomé a Lisboa, onde também viajavam o ministro português da solidariedade e segurança social, Pedro Mota Soares e Natália Umbelina, titular dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidade de São Tomé e Príncipe.
Manuel Ferreira foi constituído arguido, mas sem uma acusação formal, segundo o seu advogado, André Aragão.
Entretanto, contactado pela TSF, o secretário de Estado das Comunidades garantiu que a embaixada de Portugal está a acompanhar o caso, acrescentando que qualquer tipo de intervenção só pode ser feita depois de o cidadão português o solicitar.
Já a embaixada de Portugal em São Tomé remeteu à TSF esclarecimentos para o Ministério dos Negócios Estrangeiros em Portugal, que ambém já foi contactado, até ao momento, sem sucesso.