Vida

Incêndios: Associação Nacional de Municípios fala em «desnorte» do Governo

A Associação Nacional de Municípios fala de «desnorte» do Governo, uma mudança de regras impede as câmaras de contratar parte dos sapadores florestais que combatem incêndios.

O verão ainda não começou, mas já se advinham problemas na defesa da floresta contra incêndios. A Direção Geral das Autarquias Locais considerou ilegais os pagamentos que as autarquias, por intermédio do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, fazem às equipas de sapadores florestais, que intervêm na prevenção e no combate aos fogos.

Em risco, estará parte do contingente, quase 1400 homens, porque as câmaras não poderão fazer essa despesa. É um cenario que preocupa muito o autarca de Vila Nova de Paiva, um concelho do distrito de Viseu, com 80 por cento do território ocupado por floresta e muito fustigado pelos incêndios. Ele condena esta mudança de procedimentos.

Até aqui os municípios recebiam do Estado 35 mil euros anuais para suportar o funcionamento destas equipas mas a Direcção-Geral das autarquias locais, conta o presidente da câmara de Vila Nova de Paiva, considerou o pagamento ilegal e suspendeu o protocolo

No Verão serão menos 1390 homens disponíveis para combater os fogos o que leva José Morgado a considerar que o Governo está alheado da realidade e a colocar em risco o combate aos incêndios florestais.

No país há 278 equipas de sapadores florestais administradas pelas autarquias e que funcionam com verbas transferidas do Estado que agora considera que se trata de pagamentos ilegais. Sem dinheiro os municípios avisam que estas equipas não vão estar disponíveis para o combate aos fogos florestais.

Essa é também a opinião do vice-presidente da Associação Nacional de Municípios responsável pela área da proteção civil. Jaime Soares fala em «desnorte» do Governo e antecipa um rombo nas forças disponíveis para combater os fogos de Verão.

Redação