Pelo menos 11 pessoas morreram e 36 ficaram feridas hoje em Karashi, num atentado reivindicado pelos talibãs contra um candidato às eleições legislativas.
Este atentado, que pretendia atingir um candidato laico do Partido Nacional Awami, foi o primeiro registado neste dia de eleições para o qual os talibãs anunciaram diversos ataques por discordarem com a realização do escrutínio, que consideram "não islâmico" e organizado por "infiéis".
Posteriormente, pelo menos oito pessoas ficaram feridas num outro atentado em Peshawar, noroeste do Paquistão.
Mais de 600.000 agentes da segurança foram destacados em todo o país e cerca de metade das cerca de 70.000 assembleias de voto foram declaradas em risco de ataque.
Pelo menos 130 pessoas morreram em ataques desde o início da campanha eleitoral em meados de abril.
A votação começou às 8h00 locais (3h00 em Lisboa) e termina às 17h00.
Mais de 86 milhões de paquistaneses votam hoje para eleger os 342 deputados da assembleia nacional e os representantes nas quatro assembleias regionais.
O partido vencedor das eleições será encarregado de formar governo.
Estas eleições são consideradas históricas porque vão permitir a passagem de um governo de civis para outro depois de ter terminado um mandato completo de cinco anos, uma estreia neste país criado em 1947 e com uma história repleta de golpes de Estado.