Relatório defende descida de impostos e teme efeitos de grandes cortes na administração pública.
A OCDE alerta para as consequências negativas dos grandes cortes no Estado. O aviso está num relatório encomendado pelo governo e que foi revelado, em partes, ao semanário Expresso por fontes do governo.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) defende que é preciso evitar colocar em xeque o funcionamento da administração pública e recorda que, se olharmos para o que se passou noutros países, tem riscos uma redução em "grande escala".
Pelo contrário, é preciso motivar os funcionários públicos, mesmo que seja apenas com benefícios uma vez que não há margem para aumentar os salários.
Presentes neste documento estão ainda propostas para uma reforma fiscal que promova o emprego: é preciso descer os impostos e as contribuições sociais das empresas.
Os especialistas da OCDE propõem mesmo uma taxa social única progressiva que aumente conforme o salário do trabalhador.
Depois, há algumas políticas propostas e que são iguais às avançadas pelo FMI. As fontes governamentais do Expresso garantem que o relatório concorda com o aumento do horário de trabalho para os funcionários públicos, a reforma dos subsídios de desemprego e a convergência entre publico e privado no sistema de pensões.