No Parlamento, o comunista Honório Novo disse que as intervenções da maioria só «provocam o riso». O PSD recordou o trabalho feito que resultou na baixa das taxas de juro.
O PCP aconselhou a maioria parlamentar a celebrar com a «marcha fúnebre» o avançar do programa da troika, isto depois de o PSD ter chamado à atenção para os progressos conseguidos.
No período das declarações públicas desta quinta-feira, o comunista Honório Novo considerou mesmo que os «responsáveis da maioria sempre que falam hoje em dia provocam o riso».
Antes, o social-democrata Duarte Pacheco tinha dito que «só alguém que vive noutro mundo é que pode acreditar que a taxa de juro baixa de seis para quarto por cento e que aquilo que Portugal fez foi indiferente».
«Ontem mesmo, a emissão a seis meses conseguiu fazer com que a taxa de juro que estava acima dos dois por cento em novembro baixasse para menos de um por cento agora», lembrou.
Na resposta, o socialista João Galamba recordou que o «PSD, durante meses, salivou pela chegada da troika e até há declarações do atual primeiro-ministro que é 'perfeitamente normal e até positivo governar com o FMI'».
«O PSD, cobardemente, porque sabia que se fosse a eleições com este programa e sem a desculpa da troika os portugueses nunca aceitariam aquilo a que sujeitaram o país nos últimos dois anos», acrescentou.
Duarte Pacheco lembrou a seguir que o Governo socialista estava com as «calças na mão e os país estava à beira da bancarrota e não tinha outra alternativa em assinar aquele tratado».