Portugal

Adoção/Homossexuais: Há silêncios que valem palavras

O repórter Ricardo Oliveira Duarte foi conversar com um casal homossexual que tem um filho, mas que no papel só é adoptado por um deles.

Jorge e Pedro tinham decidido que queriam ser pais, mesmo antes de se conhecerem.

Algum tempo depois de estarem juntos tentaram concretizar o desejo antigo, mas forçados pela lei, ou pela ausência dela, tiveram de o fazer separadamente.

Depois de um ano e meio de espera, Jorge e Pedro adoptaram Miguel, na altura com quatro anos.

Primeiro no infantário, agora que Miguel tem 6 anos e entrou para a primária, Jorge diz que o apoio e compreensão têm sido constantes.

A criança nunca foi discriminada ou os pais proibidos de fazer o que quer que seja.

Mas, ainda assim, falta a aprovação da lei da co-adoção por casais do mesmo sexo para que ganhe forma um sonho. Algo tão desejado que embarga a voz.

Um sonho que Jorge apelida com sorriso rasgado nos lábios de legalizar a família.