Mário Soares saiu cerca 19h40 adiantando apenas que, apesar de todos os conselheiros já terem usado da palavra, o encontro ainda estava «no começo».
«Como sabem não se diz o que se passou no Conselho de Estado, não vou infringir essa regra», afirmou Mário Soares, em declarações aos jornalistas à saída do Conselho de Estado, que está reunido no Palácio de Belém.
Mário Soares, que alegou razões de saúde para sair mais cedo do encontro do órgão político de consulta do Presidente da República, adiantou apenas que todos os conselheiros de Estado já tinham usado da palavra até ao momento da sua saída.
Contudo, acrescentou, a reunião ainda está no "começo".
Os jornalistas questionaram Mário Soares se tinha falado da situação atual do país e do estado da coligação, cujo desejo manifestou a semana passada, mas Soares não respondeu ao abrigo do sigilo imposto.
Antes da saída de Mário Soares, cerca das 18:20, o antigo líder do PSD Luís Filipe Menezes também abandonou por breves momentos o encontro.
Luís Filipe Menezes dirigiu-se até ao seu automóvel, regressando logo de seguida para dentro do Palácio de Belém.
A reunião do Conselho de Estado, marcada pelo Presidente da República para discutir o 'pós-troika', teve início pelas 17:10.
O presidente do Governo Regional dos Açores, o socialista Vasco Cordeiro, foi o único conselheiro de Estado a não comparecer, justificando a ausência por hoje também se assinalar o Dia da Região.
Apesar de competir ao Presidente da República escolher o tema em relação ao qual quer escutar a opinião dos seus conselheiros, outros assuntos poderão também vir a ser abordados, nomeadamente a situação política ou mais recentes medidas de austeridade anunciada pelo Governo, em particular a chamada "TSU dos pensionistas", aprovada no dia anterior à convocação do Conselho de Estado.