Vida

Siza Vieira lamenta abandono do Pavilhão de Portugal

Pavilhão de Portugal, Lisboa TSF/Ricardo Oliveira Duarte

O arquiteto que projetou o Pavilhão de Portugal sublinha que é um desperdício de dinheiros públicos. O Governo garante que o edifício «tem sido objeto de permanente manutenção».

Há 15 anos era inaugurada a Expo 98. Siza Vieira aplaude o que aconteceu até hoje nos terrenos que receberam a exposição mundial mas admite que continua ali, no centro, uma mancha.

O arquiteto refere-se ao Pavilhão de Portugal que desenhou há mais de 15 anos. Uma obra fechada, à espera de uso.

Há mais de um ano que Siza Vieira não visita o espaço que custou mais de 20 milhões de euros ao Estado.

Na altura, não encontrou grandes sinais de degradação para além de algumas pedras vandalizadas. O mais grave pode estar lá dentro.

Já se falaram em vários projetos para o espaço que representou o país na Expo, mas tudo ficou na gaveta. O arquiteto lamenta que Portugal abandone e não preserve tantos edificios públicos.

O presente e futuro do Pavilhão de Portugal preocupa mas não tira o sono a Siza Vieira. O arquiteto justifica: o mau estado de edifícios que projetou, e estão classificados como de interesse público, é algo comum que se encontra em vários sitios do país.

Em declarações à TSF, Manuel Salgado, vereador do urbanismo, vice-presidente da câmara de Lisboa e arquiteto que também esteve envolvido na construção da Expo, aplaude, em geral, o futuro que foi dado ao espaço que em 1998 recebeu a Expo.

No entanto, Manuel Salgado sublinha que há alguns pontos negros e um deles é o Pavilhão de Portugal que devia estar nas mãos da câmara de Lisboa. O vereador pede urgência ao Governo para resolver o problema.

Em resposta enviada à TSF, o Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território esclarece que o «Pavilhão de Portugal foi objeto de um restauro integral da Pala Cerimonial no ano de 2009, 11 anos após a sua conclusão, não se reconhecendo qualquer estado de degradação na mesma».

O ministério de Assunção Cristas sublinha ainda que «para além das intervenções estruturais, o Pavilhão de Portugal tem sido objeto de permanente manutenção» que sido «assegurada através da exploração do imóvel, no qual são promovidos eventos de diferente natureza».

[youtube:i4fjHzCXg6c]

O ministério acrescenta ainda que estão «em avaliação cenários alternativos para o Pavilhão de Portugal, tendo em consideração o valor emblemático deste edifício e a sua afetação a um destino permanente no futuro».

Notícia atualizada às 11h10