É uma realidade que tem vindo a crescer. Nas feiras portuguesas há cada vez mais pessoas que não eram feirantes mas que agora, sem outras alternativas, tentam a sorte nesse negócio.
O fenómeno vai ser um dos assuntos em debate no 8º Encontro Nacional de Feirantes, que hoje decorre em Fátima.
Joaquim Santos, vice-presidente da Federação Nacional das Associações de Feirantes, diz que há casos de relativo sucesso, mas também de fracasso.
«Alguns casos, temos a noção, nem sempre têm sucesso. Estas pessoas muitas vezes precisam de um acompanhamento ou de alguém que lhes dê algumas formas de se enquadrarem que pode ajudar a esse mesmo sucesso», diz Joaquim Santos.
Há outros fatores que também podem ditar o sucesso ou o fracasso, por exemplo, a escolha da área.
«Há ramos que são muito específicos. O vestuário tem de ser alguém com algum poder de capital para injectar naquele momento mais conseiderável, o calçado a mesma coisa. Já a bijuterias e outros setores são ramos mais suaves. E há o ramo alimentar que é sempre um produto com saída imediata», especifica.
Há muitos desempregados que tentam dar a volta à vida nas feiras, mas nem todas as áreas são rentáveis. Por exemplo, as taxas de derrama dos municípios são pesadas para os feirantes.
«Começam a ser uma sobrecarga e um valor considerável e pesado para os feirantes, e isso devia ser uma situação ajustada à realidade atual», alerta.
Joaquim Santos diz ainda à TSF que a quebra das vendas também atinge o setor.
Neste encontro em Fátima, os feirantes querem ainda oficializar o Dia do Feirante.