Vida

O caso Beatriz que divide a América Latina (vídeos)

Manifestações de apoio a Beatriz, em El Salvador DR/Amnistia Internacional

Em El Salvador, o Supremo Tribunal proibiu uma mulher que corre risco de vida de abortar. O feto não tem cérebro e deve morrer durante a gravidez ou logo a seguir ao parto, aumentando o risco para a mãe.

Beatriz (nome fictício) tem 22 anos, sofre de lúpus e problemas crónicos nos rins e com o avanço da gravidez, corre risco de vida. Beatriz está grávida de 26 semanas e o feto não tem cérebro. O mais certo é morrer ainda durante a gravidez ou logo a seguir ao nascimento.

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Por tudo isto, os médicos, os grupos de direitos humanos e o próprio ministério da saúde de El Salvador defenderam a interrupção da gravidez.

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Mas num país de maioria católica, onde a Constituição defende o direito à vida desde o momento da concepção, o Supremo Tribunal decidiu rejeitar o pedido de aborto.

Os juízes explicam que os direitos da mãe não podem sobrepôr-se aos da criança ainda por nascer ou vice-versa. Sublinham também a absoluta proibição do aborto, tendo em conta a lei fundamental de El Salvador.

Em alternativa, o Supremo Tribunal diz que os médicos devem continuar a vigiar a saúde de Beatriz, dando-lhe todos os cuidados necessários.

Para já, não há resposta dos advogados da mulher de 22 anos, mas os grupos de direitos humanos têm saído à rua, defendendo o direito ao aborto com o slogan "tirem os rosários dos nossos ovários".