O último grande investimento na calçada portuguesa aconteceu há já 15 anos para desgosto do movimento "Fórum Cidadania Lisboa" que não se tem cansado de alertar para os estragos num dos símbolos que distingue a nível mundial a capital portuguesa.
Desde o século XIX que a praça Duque de Terceira, no Cais do Sodré, exibe a tapeçaria original de calcário e basalto. Carlos Moura fala na arte debaixo dos pés.
A calçada portuguesa, herança romana, desenvolveu-se após o terramoto de 1755. O Rossio foi a primeira praça a ver esculpido o mar largo, o padrão ondulado a preto e branco que deu o mote a muitas pracas lisboetas.
O "Fórum Cidadania Lisboa" tem chamado a atenção da Câmara de Lisboa com insistência para os remendos e para as reparações mal efetuadas, mas também para a necessidade de dar uma maior importância a profissão de calceteito.
Lisboa só tem a ganhar ao defender a calçada portuguesa, é essa a ideia deste movimento de cidadãos.
A TSF tentou conversar com o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, sobre esta questão, mas aguardamos resposta.