Num encontro com a direção comunista, Seguro disse que o diálogo entre partidos deve obedecer à resolução dos problemas concretos dos portugueses. Já Jerónimo de Sousa não escondeu as divergências do PCP com os socialistas.
O líder do PS registou uma «grande convergência em relação a preocupações sociais» com o PCP após um encontro que teve, esta terça-feira, com a liderança comunista.
Para António José Seguro, «o diálogo com os partidos políticos em Portugal não pode ser um diálogo pré-eleitoral ou pós-eleitoral, nem deve obedecer a qualquer jogo partidário».
«Deve obedecer à resolução de problemas concretos dos portugueses com particular destaque, neste momento, para o desemprego», acrescentou, na sede do PCP.
Seguro rejeitou ainda uma visão do encontro entre partidos como algo de «excecional» ou «dramático», muito embora admita que há «divergências e completamente diferentes em algumas matérias» entre os diferentes partidos.
Por seu lado, o secretário-geral comunista lembrou que não pode deixar «subestimar diferenças e divergências de fundo em relação às soluções para o país».
Jerónimo de Sousa criticou o «amarramento do PS ao chamado memorando de entendimento, que consideramos que é um verdadeiro pacto de agressão».
O líder do PCP aproveitou ainda para adivinhar um "namoro" dos socialistas ao CDS, uma vez que lembrou que existe uma declaração socialista em que o PS «prioriza o contacto com os democratas-cristãos».