Portugal

Provedor de Justiça defende-se das acusações do PSD

Globalimagens/Rui Ferreira

Teresa Leal Coelho acusou o Provedor de Justiça de se ter excedido no seu estatuto de imparcialidade. Alfredo José de Sousa garante que não propôs nem sugeriu a demissão do Governo.

Em causa as declarações de Alfredo José de Sousa, numa entrevista à Antena 1, em que defendeu a antecipação das eleições legislativas, a marcar em conjunto com as autárquicas em outubro.

Teresa Leal Coelho, vice-presidente do PSD, não disse se Alfredo José de Sousa se devia demitir mas defendeu que estas palavras devem ter consequências.

Agora, na carta que enviou ao líder parlamentar do PSD, com conhecimento ao presidente do grupo parlamentar socialista, Alfredo José de Sousa garante que não propôs nem sugeriu a demissão do Governo. O que disse foi que, existindo uma quebra da coligação por ação de Paulo Portas, e eleições antecipadas, elas deveriam acontecer em simultâneo com as autárquicas.

Alfredo José de Sousa acrescenta que terminou a entrevista manifestando a opinião de que não acreditava que tal acontecesse até maio de 2014, com o fim do programa da troika.

Alfredo José de Sousa diz ainda que as afirmações que fez são um puro exercício do direito à liberdade de expressão, um direito enquanto cidadão interessado e um dever enquanto Provedor de Justiça e membro do Conselho de Estado.

Alfredo José de Sousa, que termina o mandato em julho, escreve também nesta carta que não tem nenhum interesse pessoal em fazer um segundo mandato como Provedor de Justiça.