Política

PS e PCP defendem autárquicas em outubro, PSD e CDS em setembro

Em nome da estabilidade, o secretário-geral do PS, António José Seguro, defendeu hoje junto do primeiro-ministro a marcação das eleições autárquicas para o dia 13 de outubro.

«O Partido Socialista defende a data de 13 de outubro», afirmou Seguro aos jornalistas à saída da audiência com Passos Coelho, na residência oficial do primeiro-ministro.

«Desde que há eleições autárquicas elas passaram para o mês de outubro, portanto, não tem sentido desviá-las desse mês de outubro. Por outro lado, há quatro anos, as eleições ocorreram no dia 11 de outubro, por isso, há uma estabilidade que deve manter-se no que diz respeito ao calendário eleitoral», argumentou o secretário-geral do PS.

Perante a agregação de freguesias, acrescentou Seguro, tem sentido que haja uma estabilidade e uma confiança muito grande nos prazos e calendários eleitorais, designadamente no que diz respeito aos cadernos eleitorais».

Já o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu hoje numa audiência com o primeiro-ministro, a realização das eleições autárquicas no dia 13 de outubro, mas admitiu, que, devido à peregrinação a Fátima, 6 de outubro é a «data ideal e plausível, tendo em conta experiências do passado».

Já o PSD, pela voz de Jorge Moreira da Silva, defende que as eleições autárquicas devem realizar-se o mais cedo possível, no mês de setembro, nomeadamente, no dia 22, anunciou o vice-presidente do partido Jorge Moreira da Silva.

«Uma vez que o ano parlamentar se inicia a 15 de setembro e que há um grande número de deputados sempre envolvidos da parte de todos os partidos políticos nas candidaturas autárquicas há toda a vantagem em que as eleições autárquicas se realizem o mais cedo possível, em setembro, de forma a causar a menor alteração, o menor transtorno no calendário parlamentar», justificou.

Questionado sobre se a marcação de eleições para 22 de setembro procura evitar que a discussão do Orçamento de Estado 'entre' na campanha autárquica, Moreira da Silva respondeu que essa é uma «falsa questão que muitos partidos à esquerda têm procurado disseminar».

«Se há Orçamento do Estado que é conhecido por antecipação é o Orçamento do Estado para 2014», declarou.

À semelhança do PSD também o CDS defende a data de 22 de setembro. António Carlos Monteiro, o secretário-geral do partido, considera também que a próxima campanha deve ser «esclarecedora e poupada».

«É fundamental que nesta campanha autárquica se escolham candidatos de contas certas e deve ser poupada, porque é inadmissível que numa altura em que o país está a passar o que está a passar que se gaste rios de dinheiros em propaganda e publicidade», sublinhou.

António Carlos Monteiro entende que este tipo de gastos é uma «falta de respeito pelos portugueses», sendo que a campanha «não deve ter muito tempo, porque quanto mais tempo tiver, mais se gasta».

Redação