O Conselho de Ministros decidiu que as próximas eleições autárquicas vão realizar-se a 29 de setembro.
Miguel Macedo, o ministro da Administração Interna, explica os motivos que levaram à escolha deste dia: «É o último domingo do mês de setembro, já estão em pleno as aulas de todos os alunos, no geral acabou o período de férias, parece-nos que é relevante a circunstância do período legal de campanha eleitoral começar na segunda quinzena do mês de setembro».
O PS defendeu a data de 13 de outubro para a realização destas eleições. A mesma data foi sugerida pelo PCP, embora tenha admitido que por causa das peregrinações de Fátima, a data de 6 de outubro seria a «ideal e plausível».
O PSD e o CDS defenderam que as eleições autárquicas devem acontecer a 22 de setembro.
O BE, na mesma linha dos outros partidos de esquerda, apontou o dia 13 de outubro para a realização das autárquicas, considerando que em setembro seria «absolutamente anormal».
Os partidos de esquerda consideram que com a realização de eleições ainda no mês de setembro, como defendiam o PSD e o CDS, seria legítimo pensar que o Governo pretendia que os portugueses votassem ainda desconhecendo a proposta de Orçamento do Estado para 2014 que normalmente dá entrada no paralmento a 15 de outubro.
O ministro Miguel Macedo rejeitou estas insinuações: «Se há Orçamento de Estado que tem com grande antecedência previstas as metas e objetivos é o de 2014».
Sobre a adequação dos cadernos eleitorais à nova organização administrativa, Macedo disse que já 12 dos 18 distritos têm «fechados os trabalhos prévios para o encerramento dos cadernos eleitorais e estão em bom ritmo e bom andamento os restantes distritos».
«Não tenho nenhum sinal neste momento de alarme em relação a essa situação, muito embora, a dificuldade dos procedimentos que têm que ocorrer em tempo estejam sempre presentes no nosso espírito. Há uma vigilância acrescida sobre a forma como isto tudo esta a correr», declarou.