Economia

Portugal financiou-se em 1.500 ME mas pagou juros mais altos

Dinheiro

O Estado português pagou hoje mais caro para se financiar, colocando 1.500 milhões de euros de dívida com juros de 1,041% a seis meses e 1,603% a dezoito meses.

No anterior leilão, realizado a 15 de maio, os juros pedidos pelos Bilhetes do Tesouro a seis meses foram de 0,811% enquanto na operação comparável a 18 meses, realizada a 20 de março, os juros pagos foram de 1,506%.

Na linha de Bilhetes do Tesouro de maturidade mais curta foram colocados 450 milhões de euros, com a procura a superar a oferta 2,5 vezes, enquanto que no prazo a 18 meses foram emitidos 1.050 milhões de euros de títulos de dívida, com uma oferta 2,1 vezes acima da procura.

O analista do Banco Carregosa Filipe Silva, salienta que a subida das taxas de juro não é «um comportamento específico da dívida portuguesa», já que a tendência tem sido de subida das taxas do mercado secundária em todas as dívidas soberanas, incluindo a alemã.

«Este movimento de subida deve-se, essencialmente, aos rumores sobre o fim das medidas de estímulo às economias dos bancos centrais de todo o mundo», justificou.

Ainda assim, Filipe Silva sublinha que a dívida de curto prazo «continua atraente para os investidores, ponderado o risco e o retorno», desvalorizando a subida das taxas que «não é alarmante».