A deputada do PEV Heloísa Apolónia classificou hoje o programa "Impulso Jovem" como «uma fantochada» e propôs um pacote de 15 medidas para combater o desemprego.
Heloísa Apolónia acusou o Governo PSD/CDS-PP de falhar na criação de emprego e no combate ao desemprego, afirmando que gerou uma política económica de «destruição de postos de trabalho, falência de empresas e liquidação de emprego na função pública».
Ao mesmo tempo, disse, «procurou escamotear a sua política com o programa «Impulso jovem», que visava sobretudo criar estágios com a duração de 6 meses e que se revelou «um fracasso» e «uma fantochada».
«O que é que acontece aos jovens depois dos estágios? Desemprego. O Governo comprometeu-se a abranger 90 mil jovens, em maio estavam abrangidos 8 mil», salientou.
Entre as medidas propostas no projeto de resolução do PEV para «combater o desemprego jovem», prevê-se a reclamação de «um fundo europeu para implementação de programas de emergência nacionais» que privilegie «os Estados-membros com taxa de desemprego acima da média europeia».
O PEV propõe o aumento do salário mínimo nacional, a eliminação das rendas excessivas no setor elétrico, a redução dos custos de produção, e a definição de uma rubrica de financiamento às pequenas e médias empresas para a criação de emprego jovem.
No debate, um agendamento potestativo do PEV (direito de um partido fixar a ordem do dia), a deputada do PSD Joana Barata Lopes disse que a maioria assume que o «desemprego é um flagelo» mas contrapôs que algumas medidas propostas «o Governo já está a fazer», referindo um programa de financiamento às pequenas e médias empresas.
Para a deputada do CDS-PP Inês Teotónio Pereira, o combate ao desemprego jovem deve passar pela «aposta na educação oferecendo várias vias no sistema de ensino» para que se adeque a oferta às necessidades do mercado.
Para o deputado do PS Nuno Sá, o programa Impulso Jovem é a prova da «incompetência do Governo», conseguindo apenas beneficiar oito mil jovens.