A Deco Proteste visitou 581 supermercados em todo o país e revela que aumentaram as diferenças. Ir às compras em Beja custa 24 por cento mais do que em Lisboa ou no Porto.
No ano passado, fazer compras em Beja custava 5 por cento mais do que em Lisboa. Este ano a diferença disparou para 24%.
As diferenças entre os distritos do Porto ou Lisboa aumentou, claramente, em relação a todas regiões do Interior. Beja, Bragança, Guarda, Castelo Branco, Viseu e Santarém são as zonas mais caras do país.
Em declarações à TSF, o coordenador do estudo da Deco, António Souto, diz que a culpa é da guerra de preços para atrair consumidores.
A quebra nas vendas obriga a preços cada vez mais agressivos, sobretudo nos sítios onde há muitos supermercados por perto. O Baixo Alentejo, por exemplo, é um exemplo pela negativa.
Em época de crise, todos os supermercados dizem ser os mais baratos, mas as fortes campanhas de promoção não chegam com tanta força ao Interior do país.
O estudo da Deco Proteste revela ainda que as lojas da cadeia de hipermercados Jumbo foram as que apresentaram preços mais baixos entre 581 visitadas, enquanto o Continente perdeu terreno na corrida.
A revista dos consumidores analisou 50.617 preços para 2 cabazes: um com 85 produtos de características definidas, para quem privilegia as marcas do fabricante mais vendidas, e outro mais adaptado aos novos hábitos dos portugueses, combinando marcas de fabricante com as mais económicas.
«Para encher o carrinho com o primeiro cabaz, todas as posições do pódio pertencem ao Jumbo», revela a edição de julho da PROTESTE, especificando que o Jumbo da Amadora foi o que ganhou a corrida nacional, seguido pelo da Maia e, em terceiro lugar, pelo de Setúbal.
Os preços mais elevados registam-se a sul, em três lojas do distrito de Lisboa (Bilene, na cidade, Polisuper, de Porto Salvo, e Suportel, na Portela) e mais uma em Beja, o Supermercado Veríssimo.