A coordenadora nacional do BE Catarina Martins afirmou que existe um «passa culpas» nacional e internacional em relação às políticas de austeridade, referindo que «todos ralham a ver se nenhum fica com a responsabilidade».
«Face ao descalabro enorme das políticas de austeridade na Europa, um desemprego galopante, uma grande perda de salários e uma dívida que não para de crescer, as instituições começaram a dizer que há erros e que se calhar não fizeram bem as coisas», disse, durante a apresentação do candidato do BE à Câmara do Seixal.
Catarina Martins referiu que existe agora uma nova forma de fazer política: «Aqueles que tiraram o pão, ralham todos a ver se nenhum fica com responsabilidade».
«O FMI diz que errou e que se calhar a comissão europeia é que obrigou a ser assim. O BCE e Comissão Europeia dizem que o FMI é que desenha programas e Cavaco Silva diz que o FMI deve sair da 'troika'. O governo e Durão Barroso aproveitam a confusão e falam de crescimento», frisou.
«Vejam o cinismo deste passa culpas nacional e europeu, de dizer que vamos entrar num novo período sem FMI e com crescimento, quando o que está a ser feito é mais do mesmo, com políticas de austeridade e despedimentos na função pública», acrescentou.
A coordenadora do BE apelou também à adesão dos trabalhadores à Greve Geral, apesar de referir que está consciente que para muitos trabalhadores custa perder um dia de salário na situação atual.