O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Porto garantiu que 700 dos habituais 2500 funcionários num dia útil estarão ao serviço no dia da greve geral de quinta-feira. No Santa Maria, em Lisboa, a urgência estará a funcionar em pleno.
A preparação para a greve geral de quinta-feira no setor da Saúde não está a preocupar quem tem de fazer o planeamento no norte do país, já que haverá médicos como se se tratasse de um fim-de-semana.
O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Porto explicou que estarão ao serviço 700 dos habituais 2500 funcionários deste estabelecimento num dia útil, o que faz com que não seja necessário qualquer plano de contingência.
«Nos dias de greve, o comportamento com os serviços mínimos é como se fosse um fim de semana. Só teria de haver plano de contingência se não fossem cumpridos os serviços mínimos, porque a urgência e os doentes internados têm de ter assistência permanente», adiantou Solari Allegro.
Este responsável lembrou ainda que os blocos operatórios normalmente fecham num dia de greve, «porque como a atividade de bloco é multiprofissional numa equipa de cinco ou seis se faltar um ou dois já não se consegue fazer a cirurgia».
Solari Allegro, que não se lembra de um dia de greve sem serviços mínimos nos últimos 12 anos, adiantou ainda que no que toca às consultas externas, as perturbações normalmente surgem no dia após a paralisação, porque «pode não haver doentes para chamar para as consultas».
«Penso que devem perguntar previamente antes de vir se vão ter cirurgias ou consultas. Sobretudo se são de longe, tomar a precaução de telefonar para ver se estão ou não para ser operados», adiantou.
O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Porto explicou ainda que «se os doentes estiverem internados previamente, podem estar internados no dia esperado, mas um ou dois dias depois quando houver disponibilidade no bloco».
Entretanto, fonte do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, assegurou que a urgência estará a funcionar em pleno e que as cirurgias programadas e urgentes estão garantidas.
Sobre eventuais consultas adiadas ou blocos cirúrgicos encerrados, o Hospital de Santa Maria explicou que dará conhecimento dessa informação no dia da greve ao Ministério da Saúde.