Os estivadores do Porto de Lisboa, que hoje iniciam uma greve parcial poderão suspender totalmente a operação portuária caso a administração insista em utilizar trabalhadores temporários sem formação.
Os estivadores do Porto de Lisboa, que iniciam esta terça-feira uma greve parcial durante as próximas quatro semanas, ameaçam suspender totalmente a operação portuária se a administração recorrer a trabalhadores temporários para os substituir.
Nas duas primeiras semanas os estivadores param uma hora por dia (das 09h00 às 10h00) e, nas duas semanas seguintes, a paragem será de duas horas por dia (entre as 09h00 e as 10h00 e entre as 15h00 e as 16h00).
António Mariano, presidente do Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul, acusa administração de não estar respeitar o contrato colectivo de trabalho.
O sindicato admite que os efeitos da greve no figurino estabelecido não serão gravosas para o funcionamento do Porto de Lisboa. Mas o caso pode mudar de figura se a administração recorrer a trabalho externo para compensar a paralisação.
No dia em que o sindicato entregou o pré-aviso de greve, no passado dia 07 de junho, o secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, apelou aos estivadores para que suspendam a greve no Porto de Lisboa, evitando o abrandamento da atividade portuária e a eventual cessação de postos de trabalho