Vida

Estudantes de Coimbra pedem ajuda a reitor por causa de Repúblicas

Os estudantes receiam que as velhas Repúblicas possam vir a ter um futuro complicado, por causa dos aumentos das rendas, que, em alguns casos, podem passar dos seis para os 500 ou mil euros.

Os estudantes da Universidade de Coimbra vão pedir ao reitor para que atue junto do Governo para que as velhas Repúblicas estudantis não percam o estatuto especial de arrendamento.

Em Coimbra, há 26 Repúblicas de estudantes, algumas das quais a pagarem rendas de seis euros que poderão passar para 500 ou mesmo mil euros.

Os estudantes esperam que a distinção de Património da Humanidade, que vale para a Alta Histórica, onde se localizam 16 Repúblicas, traga de volta o estatuto especial que a nova lei das rendas levou.

Ivo Raimundo, da "Real República Rapo-Tacho", lembrou que seria triste ver desaparecer quase todas as Repúblicas, ficando apenas a salvo as cinco ou seis propriedade da Universidade e da câmara, que não são afetadas pela lei das rendas.

Já Fábio Mendes, da "Real Republica Ay-Ó-Linda", explicou que o edifício ocupado por esta República paga atualmente uma renda de 6,40 euros, mas os senhorios já mostraram o desejo de a aumentar para mil euros.

«Há uma discrepância enorme. Em negociação baixavam para 600. Isto é uma casa de estudantes e é incomportável 600 euros», acrescentou este repúblico, que disse que a solução pode passar pela compra do imóvel, com a ajuda de «velhos da nossa casa».

Francisco Gaspar, da "República dos Fantasmas", receia que o aumento das rendas «para valores altíssimos» coloque em risco as Repúblicas.

Nas Repúblicas, os estudantes pagam cerca de 150 euros mensais, o que inclui vários serviços, valores inferiores aos de residências de estudantes ou quartos particulares.

Redação