A lei 11, que define o fora de jogo, é uma das que mais polémica lança no futebol e a partir de 1 de Julho a FIFA e o International Board introduziram uma nova interpretação. A intenção é clarificar quando é que um jogador, em fora de jogo posicional, tem ou não interferência no jogo e se beneficia ou não dessa circunstância.
Na próxima época, o atacante que estiver em fora de jogo posicional é sancionado se impedir um adversário de jogar a bola, obstruindo claramente o campo de visão ou disputando a bola.
Outra alteração: o atacante passa a tirar vantagem da posição de fora de jogo quando a bola desvia, ressalta ou é jogada pelo adversário que deliberadamente realiza uma defesa, por exemplo o guarda redes.
O antigo árbitro Paulo Paraty identifica dois riscos na aplicação destes critérios. «O futebol pode perder golos», além de que vai haver nova dor de cabeça para os árbitros assistentes.
«Podemos ainda assistir a aplicações díspares em algumas situações semelhantes. Enquanto não procurarem ser mais precisos na aplicação da lei, com que a lei pretende, vamos ter dificuldades grandes nos árbitros assistentes», disse.
Ou seja, nos próximos tempos mais trabalho para as equipas de arbitragem, que agora ainda vão estudar o documento da FIFA, ainda a necessitar de tradução, do inglês para o português.
Mas o espírito das novas linhas de orientação para a lei do fora de jogo só vai ser verdadeiramente testado na prática quando as competições oficiais começarem.