«Demissão» e «fascismo nunca mais» foram algumas das palavras que se ouviram das galerias. A Polícia teve alguma dificuldade em evacuar as galerias, onde se destacavam elementos do STAL.
Antes deste incidente, o secretário de Estado da Administração Pública tinha acabado de confirmar mantém a intenção de aumentar o horário de trabalho das 35 para as 40 horas e de introduzir novas regras para os trabalhadores da Função Pública.
«Neste momento, somos o Estado-membro da OCDE que trabalha menos horas em termos anuais nas administrações públicas», acrescentou Hélder Rosalino.
Aludindo à comunicação feita na véspera pelo Presidente da República ao país, o governante assegurou ainda que o Governo «está na plenitude de funções» e que este era «legítimo e democraticamente eleito».
«Sei quais são as minhas responsabilidades e estou consciente que as medidas hoje aqui apresentadas são importantes para o futuro do país», disse Hélder Rosalino, que está esta tarde na Assembleia da República no âmbito do debate e votação na generalidade das propostas do Executivo sobre a requalificação e o aumento do horário de trabalho no Estado.
Para além de questionar as medidas apresentadas por Hélder Rosalino, a bloquista Mariana Aiveca, também numa referência à comunicação de Cavaco Silva, lembrou que «se ficou definitivamente a saber que faz parte de um Governo precário».
«O senhor faz parte de um Governo a prazo e por isso a primeira pergunta que lhe faço é se se sente com legitimidade hoje para vir propor aos funcionários públicos medidas de corte de direitos permanentes», perguntou.
Para o comunista Jorge Machado, o «Governo foi colocado em mobilidade especial». «Doze meses, rua. Não tem legitimidade para tomar este tipo de iniciativas legislativas», concluiu.