Os enfermeiros reclamam um regime de exceção que lhes permita manter as 35 horas de trabalho semanal, em vez das 40 previstas para a Administração Pública.
O Sindicato dos Enfermeiros e Ministério da Saúde vão continuar a negociar na próxima sexta-feira, após a reunião desta sexta-feira ter sido inconclusiva, indicou fonte sindical.
Em declarações à TSF, José Carlos Martins, do Sindicato dos Enfermeiros, o «Ministério da Saúde não apresentou nenhuma contraproposta relativamente às propostas que tínhamos, como também não fechou a porta a nenhuma das matérias».
«Iremos fazer uma discussão em bloco de todas as matérias a 19 de julho, sendo que esta reunião se reveste de um caráter muito importante, designadamente em relação às 40 horas», acrescentou.
José Carlos Martins garantiu ainda que «a 22,23 e 24 de julho teremos uma vigília agendada em frente ao Ministério da Saúde se na reunião de 19 não forem encontrados caminhos de solução que nos aproximem».
Os enfermeiros, que estiveram em greve na terça e quarta-feira, reclamam um regime de exceção que lhes permita manter as 35 horas de trabalho semanal, em vez das 40 previstas para a Administração Pública.
Referindo-se à reunião desta sexta-feira, José Carlos Martins explicou que o Ministério da Saúde voltou a defender que a questão das 40 horas é «transversal a toda a Administração Pública».
«Face à elevada penosidade e risco da profissão, é insuportável passarmos para as 40 horas, porque isso implica trabalhar mais quatro turnos em quatro semanas. O Ministério ficou de ponderar e avaliar se há outra hipótese de gerir esta questão das 40 horas na enfermagem», concluiu.