Política

PSD, PS e CDS-PP abordaram «de modo detalhado» três pilares do acordo

Global Imagens/Sérgio Fernandes

PSD, PS e CDS-PP anunciaram, através de comunicados, ter abordado «de modo detalhado» os três pilares do acordo «de salvação nacional» proposto pelo Presidente da República.

Foram abordados de «modo detalhado» os três pilares apresentados por Cavaco Silva como sendo fundamentais para se alcançar um «compromisso de salvação nacional».

O primeiro pilar é a data das eleições. Estes negociadores estiveram a tratar do calendário mais adequado para a realização de eleições antecipadas, sendo que Cavaco tinha dito que deveriam coincidir com o fim do Programa de Ajustamento.

Sabe-se que este é um ponto de divergência entre os três partidos. PSD e CDS querem um ciclo de legislatura completa e o PS quer já eleições.

O segundo pilar é a questão do regresso aos mercados. E aí todos de acordo na expectativa de que Portugal regresse aos mercados logo no início de 2014.

O problema são as medidas impostas pela 'troika' para chegar a esse ponto porque incluem o polémico corte de - pelo menos - 4 mil milhões de euros na despesa do Estado.

O terceiro pilar discutido na reunião de hoje é o compromisso entre PSD, PS e CDS para que, tal como pediu Cavaco, o Governo que resulte das próximas eleições assegure a governabilidade do país e a sustentabilidade da dívida pública.

Os requisitos foram impostos por Belém. Os partidos estão a procurar responder a essas vontades do Presidente, sendo certo e isso também se lê no comunicado, que vão procurar fazê-lo com a máxima brevidade.

Esta foi uma reunião mais alargada e que contou pela primeira vez com a presença de um representante de Cavaco Silva, David Justino.

O Conselheiro do Presidente esteve na reunião como observadorpara assegurar um conhecimento regular das negociações ao Presidente da República.

Além dos três negociadores que estiveram reunidos ontem, Moreira da Silva, Alberto Martins e Mota Soares, hoje as comitivas dos partidos foram reforçadas.

Pelo PSD, além de Moreira da Silva, estiveram presentes o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro e também o secretário de Estado Adjunto de Passos Coelho, Carlos Moedas.

A comitiva Socialista também triplicou. Além de Alberto Martins, participaram Eurico Brilhante Dias e Óscar Gaspar.

No CDS, o ministro Pedro Mota Soares levou apenas mais uma pessoa, Miguel Morais Leitão, que é o secretário de Estado Adjunto de Portas e dos Assuntos Europeus.

Ontem, os partidos tinham-se comprometido encontrar uma solução no prazo máximo de uma semana.