Obras de Picasso, Monet, Gauguin e Matisse podem ter sido queimadas pela mãe de Radu Dogaru, o romeno acusado de ter assaltado, no ano passado, o museu Kunsthal, em Roterdão, na Holanda.
O assalto à galeria em Roterdão foi o maior roubo de arte na Holanda numa década. Os ladrões entraram no edifício e saíram em apenas dois minutos, roubando sete quadros.
Radu Dogaru foi detido em janeiro com dois alegados cúmplices, Alexandre Bitu e Eugen Darie, mas todos continuam a negar qualquer envolvimento no assalto do dia 16 de outubro de 2012.
Agora, Olga Dogaru, a mãe do principal suspeito do furto, confessou ter enterrado os quadros no jardim de uma casa abandonada e mais tarde num cemitério. Mas, para proteger o filho e com as suspeitas da polícia, decidiu destruir definitivamente as provas do crime e meteu as pinturas no forno de um fogão.
A polícia encontrou pregos, cinzas e pedaços de moldura mas não acredita totalmente na confissão da mulher e enviou tudo para análise.
Uma equipa de técnicos do Museu de História Natural da Roménia está neste momento a investigar o monte de cinzas. Só depois vai ser possível saber se "Ponte de Waterloo", de Claude Monet, "Cabeça de Arlequim", de Pablo Picasso, ou "A Leitora em Branco e Amarelo", de Henri Matisse, estão entre os destroços.
As sete pinturas têm um valor estimado de mais de 100 milhões de euros e, caso tenham desaparecido para sempre, diz o diretor do Museu de História Natural da Roménia,trata-se de um crime contra a Humanidade.