Mais de duas centenas de pessoas aguardavam esta tarde no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, a chegada de Carlos Sá, o atleta português que venceu a ultramaratona Badwater, nos Estados Unidos.
Foi com um enorme sorriso nos lábios, medalha ao peito e agarrado ao cachecol de Portugal, que Carlos Sá escutou o longo aplauso que o aguardava no aeroporto do Porto.
Familiares, amigos e fãs queriam dar o primeiro abraço ao ultramaratonista que há dias testava os próprios limites do outro lado do atlântico.
«É um momento de satisfação muito grande poder ser modelo e exemplo de vida de como é possível vencer as dificuldades», disse Carlos Sá, sublinhando que a vitória alcançada nos EUA é de todos os que acompanham o seu trabalho e assim podem ver que «é possível mudar de vida».
Uma autêntica lição que o atleta de Barcelos não esqueceu quando atravessou o Vale da Morte: «é acreditar, trabalhar, sofrer e os resultados estarão aí, com certeza», acrescentou.
Carlos Sá diz que anda «em busca dos próprios limites», mas ainda não os encontrou. Nem na duríssima prova de 217 kms, com cinco mil metros de desnível, que venceu há dias. Em 24 horas correu com mais de 50ºc de temperatura, perdeu seis quilos, mas garante que está «pronto para outra».
«Sinto-me bem. Amanhã de manhã irei fazer a minha corridinha de recuperação e faltam apenas 38 dias para fazer mais uma ultramaratona, de 170 kms, quase 20 mil metros de desnível acumulado e que percorre três países à volta do maciço do Monte Branco», contou o atleta de 39 anos, que vai fazer o ultra-trail do Monte Branco, nos Alpes, pela terceira vez, à espera de conquistar um lugar no pódio.